segunda-feira, 9 de setembro de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Manhã cedo na Lagoa de Óbidos
A Lagoa de Óbidos é um lugar mágico.
Um dia de pintura junto à Lagoa pode começar cerca das 9 ou 10 horas da manhã.
Tem ainda a vantagem de fornecer locais para piquenique, pelo que pode levar-se farnel e entre tintas e telas, papéis e aguarelas, vai-se comendo e bebendo e conversando e convivendo.
No fim do dia, as sobras desta fantástica actividade são verdadeiras obras de arte!
As nossas obras de arte.
E para tanto não é necessário um crítico de arte.
Tripla vantagem:
- A vivência: É uma experiência fora do comum e altamente recompensadora, relaxante, terapêutica.
-A independência: Não carece de terceiros para adquirir a natureza, a essência ou o estatuto de arte. É arte porque, simplesmente, nós queremos que o seja! É a nossa recompensa final, em adicional à maravilhosa experiência da sua execução.
- O resultado: É único! Cada pintura é única e sendo feita com a verdade das nossas emoções e sem a preocupação meramente técnica de representar o que se se vê (para isso basta a máquina fotográfica!), é pura arte de que nos podemos orgulhar com a simplicidade de quem beneficiou de um processo criativo executado por si mesmo e à sua medida.
E o mundo nunca mais será o mesmo.
O mundo passa a ser um lugar melhor.
Não porque ele mude.
Mas porque nós mudamos.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Depois do Verão
(clicar sobre a imagem para aumentar)
watermedia sobre papel 15x20 cm
Ainda as salinas de Rio Maior, mas neste caso após a safra de verão.
Registo rápido, utilizando vários tipos de pigmentos e água, com apontamentos de caneta de ponta de nylon.
Como sempre, pretendo registar a emoção que a paisagem diante de mim suscita e não um mero desenho técnico.
E daí a diversidade de resultados.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Salinas de Rio Maior

(clicar na imagem para aumentar)
Sketch em aguarela: Salinas de Rio Maior, com o verão ainda a evaporar a água.
Há séculos (oito, ao que parece) que daqui se extrai sal pelo tradicional método de evaporação.
A água dos lençóis freáticos dissolve o sal-gema fossilizado no subsolo e a respectiva água salgada é depois retirada de um poço, sete vezes mais salgada do que a do mar, e evaporada nos talhos (os canteiros que se vêm na pintura).
Actualmente ainda o fazem, com a vantagem de terem associado o artesanato que agora ali se vende e os restaurantes com as petisqueiras do costume.
Nice!
Labels:
Plein air sketch
Location: Lisbon, Portugal
Rio Maior
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Pintar ao ar livre ou en plein air é simples: Primeiro pinta-se o cão e depois pintam-se as pulgas.
(clicar na imagem para aumentar)
Lagoa de óbidos sem ponta de vento
Helder Vieira
Óleo sobre tela 18x30 Cm
Pintado no local (em cerca de 1 hora)
De entre as múltiplas formas de executar uma pintura ao ar livre, escolho a que segue, por ser de execução relativamente fácil (embora sempre mais fácil dizer do que fazer) e muito eficaz quanto aos resultados.
Depois de escolhermos o motivo ou objecto da nossa pintura, será importante dar especial relevo ao que, afinal, nos motivou à pintura daquele particular motivo.
Deve, por isso e em regra, encontrar-se um ponto focal, aquele para onde o olhar é conduzido e que constitui o centro das nossas atenções e também do espectador do quadro, uma vez terminado.
Observar cuidadosamente o objecto da nossa pintura é fundamental, mas olhando com “olhos de artista”.
E os “olhos do artista” procuram desde logo identificar uma boa composição, o que incluir e/ou excluir da composição, quais as zonas claras e as escuros, o registo de cor do local e a sua atmosfera (como uma pauta musical, é preciso saber em que clave está escrita a música), onde se situam as cores mais fortes, a zona mais escura das zonas escuras, a zona mais clara das zonas claras, etc etc.
Feito esse exercício mental e cuidadoso, como se fosse uma pintura mental, inicia-se a pintura propriamente dita, cujos passos podem ser descritos assim (entre muitos outros métodos):
1 ― Com pincel médio e tinta diluída e escura, começa-se por estabelecer os fundamentos da composição da pintura, em traços mínimos e dando nota da linha do horizonte (real ou imaginária) e das massas dos objectos que compõem o cenário e não dos pormenores. Se a composição funcionar o resto do processo de pintura assentará em terra firme.
2 ― Em seguida, constrói-se a estrutura tonal da pintura, apontando-se logo, com pinceladas rápidas e largas, os valores tonais escuros e, por oposição, resultam também daí os tons mais claros. Este trabalho deve ser feito rapidamente, pois a luz muda muito depressa e com ela as sombras. Uma vez estabelecidas as zonas claras e escuros não devem, em regra, mudar-se esses aspectos em perseguição da luz e das sombras, caso contrário vai cair-se em contradição; Sem prejuízo, é claro, dos ajustamentos que se mostrem necessárias ou para adicionar informação válida ao fim em vista.
3 ― Bloquear na pintura os restantes valores tonais intermédios, afinando os apontados nas fases anteriores e sempre de forma simplificada e olhando para as formas ou objectos como massas ou volumes e não para os seus pormenores, pois a simplificação é a chave para o sucesso. Simplificar as formas pintando-as como massas ou volumes de tons e cores é um passo muito importante.
4 ― Por último, agora sim, importa descer aos pormenores elegíveis (há uns mais importantes do que outros para definir e dizer o que queremos dizer). Há que colocar os detalhes e os destaques dando identidade e design ao quadro.
Pode haver uma tendência para ignorar esta forma de proceder e começar desde logo com a pintura de pormenores, pois isso parece dar definição à pintura desde o início, mas o resultado é, em regra, inferior.
Importa saber resistir a essa tentação e não pintar as pulgas antes de pintar o cão.
Definições, pormenores, notas de luz, etc, são sempre realizados no final.
Boas pinturas.
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