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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PALETAS DE CORES - PINTURA A ÓLEO

 

 

Um amigo de Brasília pediu-me uma opinião sobre paletas de cores para Plein Air Painting.

Assim, aqui vai a minha opinião.

Uma paleta de cores para uso no exterior ou em plein air deve ser muito pequena (permite melhores resultados, mais homogénios e também uma aprendizagem muito mais rápida).

Um tubo grande de tinta branca, pois é a que mais se utiliza. Há quem goste do branco de titânio (mais opaco e duro) e outros do branco de zinco (menos opaco e mais macio). Pessoalmente, uso uma mistura dos dois e que combina um bom grau de opacidade com a maleabilidade e facilidade de aplicação da tinta (aquilo a que os americanos designam por brushability).

De seguida, uso 2 cores de cada cor primária, uma quente e outra fria, em regra de marcas anglosaxónicas (e por isso vou escrever os nomes originais, em Inglês):

Vermelhos:

     Quente: Cadmium red light

     Frio: Alizarin Crimson

Amarelos:

     Quente: Cadium Yellow Medium

     Frio: Cadium Yellow Lemon

Azuis:

     Quente: Ultramarine Blue

     Frio: Cerulean Blue ou Cobalt Blue

A estas cores acrescento sempre Viridian, que é um verde de base, muito útil para fazer qualquer verde, e por vezes Tansparent Oxid Red, que é um castanho avermelhado que substitui o Burnt Sienna com vantagem, pois o pigmento é químico e mais brilhante.

Numa qualquer pintura em particular posso acrescentar cores avulsamente, mas é mesmo pontual e apenas para cobrir certas necessidades específicas.

Em certas circunstâncias e para certos efeitos mais clássicos, utilizo uma paleta diferente, de cores de terra, como por exemplo Burnt Sienna, Yellow Ochre e Ultramarine Blue (mais o branco, claro). Com esta paleta pode também fazer-se qualquer cor, com a vantagem de manter uma certa unidade na pintura.

Por vezes, uso uma paleta ainda mais limitada e que dá uma aparência mais clássica às pinturas: Branco, Ultramarine Blue, English Red ou Venetian Red e Yellow Ochre, ponto final.

Para preto, apenas utilizo uma mistuta de Ultramarine Blue com Viridian e Burnt Umber, em proporções que permitem alcançar um resultado mais quente ou mais frio, dependendo do que a pintura requer em cada momento.

Raramente diluo as tintas, com exceção do esboço inicial, feito com uma tinta muito diluída com aguarrás.

Se tiver necessidade de utilizar algum tipo de medium, uso Liquin Original, que acelera a secagem e é muito prático.

Espero que esta informação seja útil, meus caros amigos.




 



2 comentários:

Unknown disse...

Helder, muito boa estas suas explicações de uma paleta adequada para uma pintura a plein air. Como foi importante pra mim que estou iniciando neste tipo de pintura, acredito que seja importante também para outras pessoas que, como eu, estão dando os primeiros passos nesta modalidade de pintura, que é a pintura no campo.

Helder FC Vieira disse...

Olá José,
Ao reler o post, verifico que relativamente à paleta reduzida Burnt Sienna, Yellow Ochre e Ultramarine Blue, faltou dizer estas cores podem ser aumentadas pontualmente durante a pintura, com um toque de cad yellow med e de cad red light. A prática é mais rica do que a descrição que dela se faz. A ideia é ter uma paleta base e utilizar outras cores se necessário mas apenas para aumentar o leque de certas cores mas sem descaracterizar a paleta.
No caso, o yellow ochre pode ser aumentado com um pequeno toque de cad yellow med e o burnt sienna aumentado com um toque de cad red light.
Mas, repito, sem descaracterizar esta paleta de cores, caso contrário não se diferencia, no resultado, da paleta mais completa.
A prática e o sentido crítico são o melhor professor.
Boas pinturas.

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